Eram centenas no plano inicial, mas a pandemia apareceu e agora são apenas 10 os jovens que vão ao Vaticano receber este domingo, na Solenidade de Cristo Rei, das mãos do Papa Francisco e da comissão organizadora da JMJ do Panamá a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Estes dois símbolos têm acompanhado a realização das Jornadas e são sempre motivo de agregação.

A organização informa em comunicado que, «assegurando o cumprimento de todas as normas de segurança sanitárias portuguesas e italianas, o nosso país estará representado por um grupo de diversas dioceses nacionais e alguns elementos da organização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023».
A comitiva é presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e o grupo que vai receber os símbolos da JMJ estará, este sábado, dia 21, num encontro com o Cardeal D. José Tolentino Mendonça, na Igreja de Santo António dos Portugueses, ao qual se seguirá a celebração da Eucaristia, presidida por D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa.
No domingo, a delegação portuguesa participa na Eucaristia presidida pelo Papa Francisco, durante a qual jovens de Portugal vão receber a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.
A entrega dos símbolos, que habitualmente é feita pelo país organizador da edição anterior, como forma de passar o testemunho, esteve inicialmente agendada para o dia 26 de abril, Domingo de Ramos, mas foi adiada para 22 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, por decisão do Papa Francisco considerando o contexto de pandemia e confinamento que se vivia na altura.

A Cruz peregrina e o Ícone percorreram as dioceses do Panamá nos meses que antecederam a realização da Jornada Mundial da Juventude no país, «e têm sido ocasião de transformação social e promoção de paz e esperança. É com este mesmo desejo que Lisboa os recebe», refere a organização, que já tinha informado que pretende manter a intenção de que estes símbolos percorram todas as dioceses até à data da realização da JMJ, embora ainda se desconheça a forma como pretendem realizar essa passagem nestes tempos de pandemia.
No site da JMJ, em lisboa2023.org, pode ler-se que, «com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. A réplica do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, foi introduzida pelo Papa João Paulo II, em 2000, como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. O original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma».
Texto: Ricardo Perna
Foto: Comissão Organizadora Local JMJ
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