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700 catequistas portugueses em Roma para o Jubileu
24.09.2016
O Jubileu dos catequistas atraiu milhares de catequistas a Roma para as celebrações com o Papa e a passagem da Porta Santa na Basílica de S. Pedro em Roma.



De Portugal vieram 700 catequistas, provenientes de todas as dioceses, um número que deixa «surpreendido» D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa e membro da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF). «É um numero muito positivo, que mostra a importância dos catequistas na vida cristã do país», refere. D. Manuel Pelino, bispo de Santarém e presidente da mesma comissão episcopal, não está «satisfeito nem surpreendido». «A viagem é dispendiosa, não houve movimentação nas dioceses, em algumas, como na minha veio só o representante diocesano, senão teríamos sido muito mais...o número é bom, mas podia ser melhor», assegura o prelado.
 
Sexta-feira à noite, no final de uma catequese sobre a Misericórdia proferida por Mons. António Ferreira da Costa, responsável da secção portuguesa do correio do Papa, tendo por base o quadro de Caravaggio «A vocação de Mateus», D. Manuel Pelino falou à Família Cristã sobre o que os catequistas devem levar destes dias em Roma. «Devem levar o sentido do que é essencial no Evangelho, e a imagem verdadeira de Deus que devem transmitir. Penso que hoje a catequese já tem pessoas competentes, mas às vezes ainda se anuncia um Deus que está sempre à procura da nossa falha para nos castigar, e esta imagem da Misericórdia, do amor aos mais frágeis, é uma imagem que deve estar no testemunho do catequista e na pregação da Igreja», afirma o presidente da CEECDF.

D. Manuel Pelino e D. Nuno Brás são dois dos bispos que acompanham os catequistas portugueses
 
Para D. Nuno Brás, estes catequistas presentes em Roma levarão para casa algo de muito «enriquecedor». «Em primeiro lugar, um jubileu vivido em Roma, a cidade do Jubileu por excelência, é sempre diferente do jubileu vivido mais perto de casa; depois, o contacto com o Papa, o sucessor de Pedro, e o contacto com esta universalidade da Igreja. Perceber que somos milhares de catequistas em Portugal, mas milhões espalhados por todo o mundo, a transmitirem os mesmos ensinamentos, é algo de muito enriquecedor de se perceber», afirma o bispo lisboeta.
 
Mudar a imagem que temos de Deus
Mons. Ferreira foi o orador na catequese sobre a Misericórdia aos catequistas de língua portuguesaO primeiro evento do Jubileu foi esta catequese sobre a Misericórdia, proferida em várias línguas em igreja espalhadas pela cidade de Roma. Na Igreja de São Luís dos Franceses, cerca de 300 catequistas de língua portuguesa escutaram Mons. Ferreira desejar que «este Jubileu sirva para mudar a imagem que temos de Deus». A partir da imagem de Mateus no quadro de Caravaggio, Mons. Ferreira dissertou sobre os sentimentos deste pecador, que se vê chamado por Deus para a missão de evangelizar, apesar dos seus pecados e limitações, e equiparou a sua situação à dos catequistas, enquanto fiéis que são chamados a este ministério, mesmo com as suas fahas e limitações.
 
Explicando que Mateus é «o único dos evangelistas que usa a palavra Igreja no sentido universal que lhe damos hoje», Mons. Ferreira explicou que «Deus não quer que se perca ninguém», pois enviou o seu filho para todos. «Que este Jubileu ajude a nossa mente e o nosso coração a moldar-se segundo este estilo de empenho que deus assumiu a favor de cada um de nós, para, deste modo, a nossa vida se transformar num compromisso de misericórdia para com todos», concluiu, perante o olhar aprovador de todos os catequistas ali presentes.
 
Hoje, sábado, os catequistas são convidados a passar a Porta Santa para receberem as indulgências plenárias previstas para este Ano da Misericórdia, a dedicarem parte do dia à Adoração eucarística em algumas das igrejas de Roma e a escutarem testemunhos de outros catequistas na Basílica de S. Paulo Fora de Muros, onde se juntarão todos os catequistas que vieram até Roma.

 
Texto e Fotos: Ricardo Perna (enviado da Família cristã a Roma para o Jubileu dos Catequistas)
 
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