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ADAV-Leiria (Associação de Defesa e Apoio da Vida) promove no próximo dia 23 de setembro duas formações sobre maternidade, vida e aborto. Na parte da manhã o tema é «Maternidades: solitárias, esquecidas, agredidas» e conta com intervenções sobre as tendências demográficas em Portugal e a intervenção materno-infantil da ADAV em Portugal.
Na primeira parte, Francisco Vilhena da Cunha, da Federação Portuguesa pela Vida e da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, traça o perfil demográfico do país e as tendências para o futuro. Na segunda parte, responsáveis da ADAV-Coimbra, ADAV-Aveiro e ADAV-Leiria partilham experiências sobre o trabalho realizado. Liliana Valente, secretária da ADAV-Leiria, explica que «cada organização atua sempre de acordo com o seu contexto». Daí que esta seja a oportunidade para «dialogar a aprender uns com os outros, trocar experiências e dar a conhecer o nosso trabalho».
No final, será distribuído o Manual de Bioética para Jovens. Liliana Verde explica que se trata de uma tradução do livro elaborado pela Fondation Jérôme Lejeune, agora atualizado «para abordar também a ideologia de género». A secretária da ADAV-Leiria afirma que é uma obra «transversal porque fala de muitos temas: aborto, eutanásia, mas também o transplante de órgãos. É muito interessante ler sobre isso».
Apoiar quem aborta
Durante a tarde, com o título «Estar Atento, Acolher, Intervir», haverá um momento sobre a Vinha de Raquel, que apoia mulheres que tenham feito abortos. Liliana Verde explica que a ADAV tem apoiado sobretudo mulheres grávidas, mas «cremos que temos de olhar também e ser generosos com as que sofrem por aborto». «Em Leiria, não há nada e queremos divulgar. Vai-nos surgindo uma ou outra pessoa que sofre com isso e não temos forma de acompanhar», conta.
Sendo a ADAV aconfessional e a Vinha de Raquel católica, esta responsável admite que pode ser uma organização para onde encaminhar quem abortou e pede ajuda. Liliana afirma que «as pessoas precisam de paz e quem faz um aborto não tem paz». A psicóloga e responsável pela Vinha de Raquel, Maria José Vilaça, falará sobre «Como e porque sofre quem faz um aborto? O que é a síndrome pós-aborto? Como ultrapassar a perda de um aborto?». De seguida, Theresa Carvalho, da Plataforma Pensar & Debater, analisa «a eficácia das associações na intervenção cívica».
Até 15 se setembro, a inscrição nas duas formações é gratuita e pode ser feita para o correio eletrónico adav.leiria.formar@gmail.com ou pelo telemóvel 963 051 000.

A ADAV-Leiria foi criada há dez anos para «apoiar a mulher grávida e famílias em dificuldades», presta apoio social, psicológico e faz também encaminhamento médico e jurídico. Nos últimos anos tem desenvolvido também formações na área da educação e da vida, abertas à população em geral. Liliana Verde explica que a associação de defesa da vida tem «tido várias formações que vão ao encontro do que os nossos utentes nos solicitam e também do que a nossa sociedade vai solicitando». Daí que neste momento, esteja já também prevista uma formação sobre «O comportamento humano face ao sofrimento e à morte», para o dia 2 de dezembro de 2017, com a presença de uma psicóloga clínica, uma médica e um juiz.
Em 2016, a organização teve 44 novos atendimentos e foram realizados 462 de acompanhamento e 50 visitas domiciliárias.