De 21 a 31 de maio, o Banco Alimentar está a promover uma campanha de recolha de alimentos. Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, afirma que «às pessoas mais vulneráveis que, em resultado das medidas decretadas para conter a propagação da pandemia, ficaram privadas da assistência alimentar que normalmente recebem, vieram juntar-se mais cerca de 60 000 pessoas, vítimas da situação gerada por esta nova realidade que vivemos». Por isso lança um forte apelo: «A ajuda não pode parar, muito menos agora quando é ainda mais preciso.»



«Porque a ajuda não pode parar, mesmo na impossibilidade de ter voluntários nos supermercados para realizar a já tradicional campanha de recolha de alimentos durante o mês de maio, os Bancos Alimentares Contra a Fome apelam aos portugueses para que, entre 21 e 31 de maio, contribuam fazendo os seus donativos através da Ajuda Vale nas caixas dos supermercados e/ou do portal de doação online, alimentestaideia.pt», diz a federação dos Bancos Alimentares. O mote desta campanha é «Ajude a preencher este vazio» e é acompanhada da imagem de um prato vazio.

Os donativos podem ser feitos através da modalidade Ajuda Vale, que são vales de produtos disponíveis nas caixas de supermercados. Além disso, todos podem recorrer, sem sair de casa, ao portal de doação www.alimentestaideia.pt, escolher os bons que pretende doar e fazer o pagamento por multibanco ou cartão de crédito. Há também agrupamentos de escuteiros, que habitualmente participam na recolha nos supermercados, que estão a recolher até 28 de maio, alimentos por amigos e familiares para entregar no dia 30 aos bancos alimentares espalhados pelo país.

Em 2019, os 21 Bancos Alimentares em Portugal distribuíram 23.382 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 31,7 milhões de euros). Foram apoiadas 2.400 instituições, e os alimentos entregues «a perto de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confeccionadas».