Isilda Pegado não é meiga nas palavras quando fala da aprovação da gestão de substituição e das alterações que permitem que mulheres solteiras ou homossexuais recorram a procriação medicamente assistida.
«É vergonhoso e politicamente escandaloso, porque só o Bloco de Esquerda tinha as barrigas de aluguer no seu programa eleitoral. O PS disse que não apresentaria nada que não estivesse no seu programa eleitoral e faltou à promessa.» Em declarações à
Família Cristã, a antiga deputada social-democrata diz que «é lamentável que o PSD tenha tido 24 deputados que votaram a favor, torna-se um partido de fação».
A presidente da Federação Portuguesa pela Vida defende que «tudo isto foi feito nas costas dos eleitores». Isilda Pegado chama a atenção para os problemas que podem ser criados no futuro: «vem agora a lei dizer que há seres humanos filhos de um só progenitor. Estamos a cavar para o futuro uma sociedade que parte de uma engenharia social que ninguém conhece e que pode ser geradora de grandes conflitos.»
Salientando que o projeto de lei agora aprovado ainda irá ao Presidente da República, a presidente da federação salienta acreditar que «esta é uma lei inconstitucional».
Em relação às barrigas de aluguer, esta advogada salienta que «num caso em que uma mulher não pode ter filhos e pede à irmã para ser gestante, a irmã cria laços com aquela criança durante nove meses. como é se a gestação gerar uma criança deficiente? Quem decide um aborto?»
As
alterações à procriação medicamente assistida e o projeto de lei do Bloco de Esquerda sobre gestação de substituição foram aprovados esta sexta-feira no parlamento, com ajuda de deputados do PSD.
Texto: Cláudia Sebastião
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