D. Joao Lavrador escreveu aos sacerdotes da docese de Angra para definir os critérios que irão regrar o regresso das celebrações comunitárias nos Açores.

As missas na diocese de Angra, com a presença de física de fiéis, serão retomadas no próximo dia 18. A decisão passa por um regresso faseado nas diferentes ilhas, coincidente com as condições de segurança sanitária. «Após auscultação do Governo Regional decidimos que no próximo dia 18 de Maio abrirão ao culto as igrejas sediadas nas Ilhas das Flores, Corvo, Santa Maria, Pico Faial, S. Jorge e Terceira; no próximo dia 31 de Maio (devendo celebrar-se as missas vespertinas ou vigilia na véspera), abrirão ao culto as igrejas sediadas nas Ilhas de Graciosa e S. Miguel», refere o bispo de Angra numa carta enviada este sábado a todo o clero açoriano, conforme noticia o portal Igreja Açores.
O prelado alerta para a exigência de «responsabilidade pessoal e comunitária» neste tempo de desconfinamento progressivo e gradual «de modo a não se infectar a si mesmo e nem infectar os outros».
Por isso, as celebrações litúrgicas devem obedecer aos seguintes requisitos, segundo o mesmo portal: «garantir o distanciamento das pessoas; ausência de água benta nas pias, à entrada das portas das igrejas; disponibilidade de todos os espaços possíveis (sacristias, coro alto, salas anexas…) para que os fiéis se distribuam de modo a manter o distanciamento, salvo se forem da mesma família já a coabitar em casa».
Na carta orientadora enviada a todos os sacerdotes, o bispo de Angra lembra que os bancos da igreja deverão estar mais distanciados «de modo a que não haja contactos pessoais de um banco a outro». «Recomenda-se a lotação máxima de 2/3 da capacidade do templo, espaçamento de 2 metros». É igualmente «obrigatório o uso da máscara, que só deve ser retirada no momento da comunhão; é suprimido o abraço da paz; a comunhão é na mão e os ministros que distribuirão a comunhão usarão máscara e desinfectarão as mãos no inicio e no fim da referida distribuição».
A entrada e a saída da igreja será feita individualmente sem qualquer contacto entre os participantes, conforme as indicações enviadas pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). No que diz respeito ao sacramento da Reconciliação, exéquias e festas anuais de padroeiros, seguem as mesmas regras da CEP.
O bispo de Angra pede aos sacerdotes e aos leigos que cumpram as regras emanadas pela Direção regional de Saúde. «Este continua a ser um tempo de máxima exigência e de responsabilização de todos e cada um. Procuremos ajudar o Povo de Deus a retomar progressivamente a sua vida religiosa e social mas com as devidas precauções», refere o prelado diocesano.
Na carta enviada a todo o clero, D. João Lavrador fala nas consequências que esta pandemia irá provocar, agora e no futuro, «no desemprego e na pobreza, senão mesmo fome». «Peço a cada pároco que junto da sua comunidade cristã promova ainda mais a partilha fraterna e ausculte as necessidades existentes e as encaminhe para as instituições que lhe podem responder», refere.
Texto: Ricardo Perna (com portal Igreja Açores)
Foto: Ricardo Perna
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