Precisa de ajuda?
Faça aqui a sua pesquisa
Bispo de Leiria quer «acender as velas» com o Papa em Fátima
13.10.2016
O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, reforçou hoje a intenção de contar com o Papa Francisco na procissão das velas do próximo ano em Fátima. Numa altura em que se desconhece o programa da visita do Papa, que apenas confirmou querer estar na celebração de dia 13, D. António Marto aproveitou o final da eucaristia presidida pelo cardeal secretário de estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, para lhe pedir que fizesse chegar ao Santo Padre o pedido de estar com os peregrinos no dia 12 também.


 
Referindo-se a momentos que se vivem na noite de dia 12, como a procissão das velas e a recitação dos mistérios do Rosário, o bispo de Leiria-Fátima convidou o Papa a estar com os peregrinos para com eles viver esses momentos. «Peço-lhe que leve o nosso afeto e que lhe diga que em maio do próximo ano o queremos acolher aqui de braços abertos, com todo o júbilo, para acender aqui com ele as velas da nossa fé, rezar os mistérios de Cristo, citando o Rosário, e cantar o Magnificat da misericórdia, tema do seu pontificado», disse o prelado de Leiria-Fátima, secundado por uma longa salva de palmas da parte dos 80 mil peregrinos que encheram o recinto.
 
Ontem, na conferência de imprensa, o Cardeal Pietro Parolin tinha dito que iria passar ao Papa a «experiência que iria viver nestes dias no Santuário», mas que desconhecia se esse relato iria ter algum efeito na elaboração do programa da visita do Papa ao nosso país. Hoje, D. António Marto aproveitou as despedidas para lançar este apelo discreto para que o Papa pudesse estar num dos momentos mais emblemáticos das peregrinações, a Procissão de Velas.


 
Maria, exemplo nos momentos de «dúvida»
Na homília da missa conclusiva da peregrinação, o secretário de Estado do Vaticano desafiou os peregrinos de Fátima a imitar a atitude da Virgem Maria nos momentos de «dúvida» e de «dor» na sua vida. «Para muitos de nós, estes são momentos mais do que justificados em que o “coração” se comprime, se fecha, se aniquila, rompe qualquer comunicação com tudo e com todos; mas não sucedeu assim com Maria», declarou o cardeal Pietro Parolin.
 
Perante milhares de peregrinos reunidos na Cova da Iria, o líder da diplomacia da Santa Sé apresentou a Virgem Maria como alguém que «sabe estar ao pé da Cruz» e, por isso mesmo, tem uma «missão materna» na Igreja.
 
O prelado pediu aos peregrinos presentes em Fátima que todos saibam ser «construtores pacientes duma Igreja que anuncia o Evangelho não obstante as contradições e os lados obscuros da vida».
 
Texto e fotos: Ricardo Perna (com Agência Ecclesia)
Continuar a ler