A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) emitiu esta tarde «breves notas da CEP sobre a proibição de circulação na via pública, onde afirmam que é uma medida «compreensível na situação limite a que estamos já a chegar em termos do sistema de saúde».


Ao contrário do confinamento de Março, em que o Governo dialogou com a CEP sobre as questões relacionadas com o confinamento, os bispos mostraram-se «surpreendidos» por este anúncio, o que denota que não terão sido ouvidos antes da tomada das medidas ontem anunciadas pelo Governo de António Costa.

Os bispos defendem que esta situação «coloca muitas dificuldades às nossas atividades eclesiais», pelo que, «até ver se haverá margem de outras intervenções», o que indicia a vontade de negociação com o Governo, a CEP pede que as dioceses vejam «o melhor modo de adaptar as suas celebrações vespertinas e outras atividades para outros horários», dando o exemplo de Setúbal, onde D. José Ornelas, que é também presidente da CEP, deu indicações de que, «onde for possível e conveniente, as missas vespertinas podem ter lugar também nos sábados de manhã».

Esta é uma primeira posição dos bispos portugueses, posição essa que deverá ser aprofundada esta semana na Assembleia Plenária da CEP que decorre de quarta-feira a sábado, onde «haverá certamente ocasião para abordar em comum estas orientações».

Mais ainda, os bispos recordam que se mantém a intenção de celebrar no próximo sábado, dia 14 de novembro, uma missa na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, com todos os bispos, pelas vítimas da pandemia, no final da Assembleia Plenária da CEP que irá decorrer em Fátima.

Os bispos afirmam ainda que «vivemos tempos conturbados». «Temos necessidade de um suplemento de fé na presença do Senhor entre nós e de uma especial solicitude para com os nossos irmãos e irmãs que estão neste barco do mundo em grande borrasca», conclui a nota.