A delegação nacional do Instituto Internacional
Familiaris Consortio divulgou em Portugal a
Declaração Mundial das Mães. Luísa Vasconcelos, a responsável, apresentou o documento que defende uma valorização do papel da mãe e do tempo dedicado à família. A Women of the World Global Platform, que promoveu esta declaração, é uma iniciativa da organização espanhola Profissionais pela Ética com a Atitude Mulher e Feminina Europa, e apoiada por entidades de todo o mundo.

Em Braga, na semana passada, Luísa Vasconcelos defendeu ser necessário refletir com urgência sobre o papel da mãe na sociedade atual. «Gostaria de salientar a importância que o tema “MÃE ”reveste numa época de hecatombe linguística, de usos e costumes, em que são correntes as designações de "progenitor A ou B, 1 ou 2" a substituir a designação de Pai ou Mãe ou, ainda, o caso dos filhos e seus descendente serem privados do direito de saber quais as suas origens genéticas e sociais, vítimas do fenómeno de tantas” barrigas de aluguer”, de mães portadoras de filhos que não vão conhecer nem criar», afirmou.
A declaração mundial das mães apresenta seis pontos. O primeiro salienta: «As mães são o coração e o sustento da família e da sociedade. As mães dão aos filhos cuidado, ternura, compreensão e empatia de que a sociedade carece para progredir com Humanidade. O facto de dar a vida, sustentar e alimentar os filhos converte as mães, em colaboração com os pais, na força e na sustentação da Humanidade. Mães e pais desempenham cada qual um papel fundamental na sociedade.» O segundo defende que «a sociedade precisa de famílias estáveis que permitam aos seus filhos crescer felizes e seguros de si próprios». Luísa Vasconcelos defende que para isso é preciso que todos exijam «aos decisores políticos e económicos que criem condições para o digno ”ambiente familiar estável” e em que as Mães são figuras fulcrais». O ponto seguinte continua este, afirmando que «a maternidade e a dedicação à família é uma das tarefas mais importantes e gratificantes para uma mulher e benéfica para a sociedade. E sem dúvida muito desvalorizado no mundo de hoje. Ao ignorar ou desprezar a maternidade e a dedicação da mulher à família dificulta-se a construção de sociedades sustentáveis». Ao mesmo tempo, «a maternidade e a dedicação à família são um benefício para as próprias mulheres» porque fornecem «plenitude e realização pessoal» e «proporcionam outras oportunidades de desenvolvimento humano e de aprendizagem de habilidades de liderança, comunicação e de gestão».

A Declaração Mundial das Mães defende também que «as mães e os filhos devem ser respeitados e considerados como membros importantes da sociedade» e que «a maternidade e a dedicação à família exigem e merecem reconhecimento social e político». Daí que «a dedicação exclusiva à família não pode continuar a ser ignorada e, ainda menos, ser considerada uma razão para condenar as mães à morte social».
A responsável pela delegação nacional do Instituto
Familiaris Consortio defende que as mulheres e mães devem «ser proactivas na luta pelo reconhecimento social e político destes direitos fundamentais» e que «chegou o tempo de dizer “Basta! ” a esta descriminação e desvalorização social, cultural e económica do papel das Mães na sociedade». Luísa Vasconcelos afirma que «é tempo de a sociedade reconhecer o grande valor que cada Mãe é como “ Mecenas Social”, promotora de um futuro equilibrado, saudável e sustentável nesta “Casa Comum” que é a Terra».