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Cardeal Patriarca «gostou» da abertura ao diálogo de António Costa sobre contratos de associação
12.05.2016
O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, gostou de ouvir «a maneira serena» como o primeiro-ministro António Costa abordou a questão dos contratos de associação do Estado com colégios «não estatais» e se «predispôs ao diálogo». «O serviço público também é prestado por entidades que não são do Estado, por isso prefiro usar o termo escolas não estatais», disse D. Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) em Fátima, durante a conferência de imprensa de apresentação da Peregrinação Aniversária de maio.


 
O primeiro-ministro tinha dito, numa entrevista à SIC, que o governo iria analisar «caso a caso» todas as situações particulares dos colégios com contrato de associação, o que deixou o Cardeal Patriarca satisfeito, até porque toda a situação levantada por esta intenção do Estado terminar com os contratos de associação o deixa preocupado. «Claro que nos preocupa pelas razões que são públicas: é muita gente, professores, alunos e funcionários, que é afetada, e também as regiões que são afetadas por essas escolas, como têm referido muitos dos municípios que se têm pronunciado sobre o assunto», defendeu o prelado.
 
Este acalmar do extremar de posições pode ser visto como uma «oportunidade», para D. Manuel Clemente. «Pode ser ocasião para repensar uma questão maior que esta: o próprio direito à liberdade de ensino. O Papa é claríssimo sobre o direito e responsabilidade dos pais na escolha do tipo de ensino, e o Estado deve ser subsidiário disso. Tendo em conta a força das palavras do Papa junto das forças políticas, esta pode ser uma ocasião para falarmos nisso», concluiu.

Texto e fotos: Ricardo Perna
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