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Cátia Tuna vence Prémio Fundação Mário Soares com tese sobre fado e religião
31.10.2020
A investigação de doutoramento «"Não sei se canto se rezo": ambivalências culturais e religiosas do fado (1926-1945)», de Cátia Sofia Ferreira Tuna foi a vencedora do Prémio Fundação Mário Soares - Fundação EDP 2020. A vencedora foi anunciada pela Fundação Mário Soares. Cátia Tuna colaborou na revista Família Cristã no ano passado na rubrica «Cartas Trocadas», na qual trocava cartas e ideias com o Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada.



Na investigação, Cátia Tuna propôs-se estudar a nomeação do fado como oração ou reza, «analisando os elementos religiosos que lhe são reconhecíveis, nos discursos em que o fado se diz a si próprio, considerando-se oração e religião, e nas divergentes representações e opiniões que dele circulavam no espaço público».

A tese foi concluída no âmbito do doutoramento em História (especialidade de História e Cultura das Religiões) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2020). Cátia Tuna é mestre em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (2012). Na altura a dissertação teve como tema «A voz na Bíblia: entendimento das vozes de Deus e do homem a partir dos conceitos literário-teológicos qôl e fonê». Atualmente, a investigadora é professora assistente convidada da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. É membro do Centro de Estudos de História Religiosa (UCP-CEHR) no qual integra presentemente o projeto de investigação «Servas de Nossa Senhora de Fátima: História de uma Congregação Feminina».

Além do primeiro prémio foram atribuídas duas menções honrosas (ex-aequo): à tese de doutoramento em História «Desafios Coloniais na construção do sistema internacional de proteção dos refugiados: os processos de descolonização do Quénia, Argélia e Angola (1950-1975)», da autoria de Ana Filipa dos Santos Guardião Universidade de Lisboa; e à dissertação de mestrado em Antropologia apresentada na Faculdade de Ciências e Humanas da Universidade Nova de Lisboa com o título «Homossexualidade e resistência durante a ditadura portuguesa: estudos de caso», de Raquel Afonso Louro.

O Prémio Fundação Mário Soares foi criado em 1998 pela Fundação Mário Soares, com o objetivo de galardoar autores de trabalhos académicos ou de investigação realizados no âmbito da História de Portugal do século XX.
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