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Conclusões Fórum Amoris Laetitia: «pastoral familiar deve ser basicamente missionária»
12.06.2021
O Fórum online «Em que ponto estamos com Amoris Laetitia? Estratégias para a aplicação da exortação apostólica do Papa Francisco» terminou no final deste sábado.



O cardeal Kevin Farrel, perfeito do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, apresentou as conclusões destes dias de trabalho. No documento que relata o que se passou, pode ler-se que «as famílias hoje precisam de estar conscientes de que o sacramento do matrimónio lhes deu uma missão que os pastores também partilham», sendo que «o principal contributo para o ministério da família é oferecido pela paróquia, que é uma família de famílias na qual as pequenas comunidades, os movimentos eclesiais e as associações vivem em harmonia». Outra das conclusões refere-se à necessidade de mais formação e treino, seja «mais treino efetivo para padres, diáconos, religiosos, catequistas e outros trabalhadores pastorais, e os leigos» ou «treino de pessoas que acompanham casais na sua preparação para o casamento deve ser uma prioridade», aproveitando «esposos que fizeram estes cursos» para formar outras famílias e criar «uma cadeia de instrutores» que cheguem a «mais e mais famílias». Por outro lado, deve haver uma mentalidade missionária: «pastoral familiar deve ser basicamente missionária e chegar às pessoas onde elas estão», deve ser «dada atenção especial às famílias que vivem uma crise matrimonial ou com outras dificuldades» e haver «cuidado pastoral daqueles que estão separados, divorciados ou abandonados, com particular atenção às crianças, aos deficientes e aos idosos» e «chegar a famílias afastadas da Igreja». 

O Cardeal Kevin Farrel desafiou a continuar o trabalho entre a Santa Sé, conferências episcopais, movimentos e associações, permitindo a partilha de ideias e projetos. 

Neste último dia, foram apresentadas também as iniciativas do Ano Amoris Laetitia. Vittorio Scelzo, responsável pelo gabinete do Dicastério Leigos, Família, Vida pelos idosos, chamou a atenção para o Dia Mundial dos Idosos e Avós. Este responsável desafia a uma maior proximidade entre avós e netos, novos e velhos neste dia, mesmo que as restrições da pandemia impeçam o contacto físico próximo. O Dicastério sugere que as comunidades cristãs celebrem o domingo 25 de julho tendo esta atenção especial. Entre as propostas, há a ideia que pelo menos uma missa em cada paróquia tenha esta intenção dos idosos e avós; que os bispos celebrem na catedral ou outro local significativo. 

No primeiro encontro do último dia, os delegados pastorais olharam para a «A fragilidade das famílias» e «Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade». Do debate que o Dicastério diz ter sido «intenso e profícuo», «surgiu o desejo de partilhar boas práticas e testemunhos que ajudem a prevenir os diferentes tipos de fragilidade nas famílias e a curar as feridas abertas». D. Victor Fernández, arcebispo de La Plata, incentivou «caminhos de acompanhamento pessoal com as pessoas feridas», defendendo também que «o principal objetivo, no entanto, é sempre o de fortalecer o amor: é a isto que temos de nos dedicar».

 
Texto: Cláudia Sebastião
Fotos: Dicastério para os Leigos, Família e Vida
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