D. José Cordeiro é o novo arcebispo de Braga. A nomeação foi tornada pública pelo
Vaticano. D. José Manuel Garcia Cordeiro, até agora bispo da diocese de Bragança-Miranda, nasceu em Vila Nova do Seles, Angola em 1967. Em 1975, passou a viver em Parada, Alfândega da Fé. Estudou nos seminários de Vinhais, Bragança e Porto, tendo sido ordenado sacerdote em Bragança, em 16 de junho de 1991. Licenciou-se em Teologia, pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, concluiu a licenciatura e o doutoramento em Liturgia no Pontifício Instituto Litúrgico do Pontifício Ateneu de Santo Anselmo. Em Roma, foi vice-reitor e reitor do Pontifício Colégio Português em Roma. Entre 2008 e 2011 foi comissário deputado na Comissão Especial para o tratamento das causas de dispensa das obrigações do Presbiterado e entre 2010 e 2016 foi consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Em julho de 2011, foi nomeado bispo de Bragança-Miranda pelo Papa Bento XVI, tendo sido ordenado em 2 de outubro de 2011, na Catedral de Bragança. O lema do seu episcopado é «
Ad docendum Christi mysteria», «Para mostrar os mistérios de Cristo».

Autor de vários livros e artigos académicos e outros, em 15 de maio de 2012, foi empossado como académico correspondente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa. Entre 2014 e 2020, foi presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade.
Numa mensagem à a Arquidiocese de Braga, D. José Cordeiro diz «com fé humilde aceito a missão que o Papa Francisco me confia para ser servidor do Evangelho da Esperança com o Povo santo de Deus peregrino na arquidiocese de Braga» e manifesta «desejo» de «aprender convosco a configurar-me em cada dia com a palavra de Jesus que diz: "Estou no meio de vós como aquele que serve" (Lc 22, 27). O desafio é grande, mas a força maior é a alegria do Senhor». Dedicando palavras a todos, escreve: «Este é um tempo para agradecer o passado, renovar o presente, bem como sonhar e desenhar o futuro. A todos convido a servir sempre mais e melhor, com amor, humanidade e humildade. A escuta, a conversão, a confiança, a comunhão, a coragem criativa e a oração são caminhos sempre a percorrer no processo sinodal para uma Igreja de hoje. A comunhão e a participação são elementos decisivos para a missão essencial da Igreja, para ver novos todos os mistérios de Cristo.
Deus me ajude a caminhar na Sua proximidade, na proximidade com o Colégio Episcopal, na proximidade com o Presbitério e na proximidade com o Povo santo de Deus.»
D. Jorge Ortiga tornou pública uma mensagem dizendo-se «de coração cheio e alegre». Dando as boas-vindas ao novo arcebispo, D. Jorge Ortiga acolhe o sucessor, garantindo que «se sentirá bem entre nós e que juntos prosseguiremos uma história que remonta aos primórdios do cristianismo». Neste momento em que a Igreja está em sínodo, o atual administrador apostólico da arquidiocese de Braga afirma que «temos consciência de que a Igreja será credível se souber viver em unidade e comunhão.
Presente no meio de nós, Cristo caminha connosco e percorre as estradas da Humanidade, com o intuito de fazer crescer uma Igreja sinodal: afetiva na fraternidade e efetiva nos ministérios. É esta Igreja, que procura crescer na sinodalidade quotidiana, que entregamos a D. José Cordeiro».
D. Jorge Ortiga afirma também que «a experiência pastoral de D. José Cordeio e a riqueza das suas qualidades enriquecerão a nossa Igreja local. Acreditamos na novidade que nos oferecerá. Conte com a generosa entrega das nossas capacidades». Salientando que D. José Cordeiro «pode contar com todos e cada um: sacerdotes, leigos, religiosos, religiosas, comunidades paroquiais, confrarias, movimentos», D. Jorge Ortiga deixa uma mensagem de carinho: «Queremos que sinta o nosso afeto, na certeza de que encontrará uma diocese motivada e empenhada para uma consciente sinodalidade.»
D. Jorge Ortiga foi nomeado arcebispo de Braga em 5 de junho de 1999, com 55 anos, tendo recebido "Palium" de Metropolita das mãos do Papa João Paulo II, em 29 de junho no Vaticano, e tomou posse em 18 de julho na Sé Catedral de Braga. Pediu a renúncia em março de 2019, após completar 75 anos.
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