Escola não é um lugar seguro para metade dos adolescentes
06.09.2018
Metade dos adolescentes sofre violência na escola. É a conclusão de um relatório da UNICEF que olhou para os alunos de todo o mundo com idades entre os 13 e os 15 anos. «Uma lição diária: #PôrFIMàViolência nas escolas» revela que a violência entre alunos acontece por todo o mundo e que a «o seu impacto na aprendizagem e no bem-estar é semelhante tanto nos países ricos, como nos pobres».
A diretora executiva da UNICEF, Henrietta H. Fore, lamenta que «todos os dias, existem alunos que enfrentam vários perigos, entre os quais confrontos físicos, pressão para se juntarem a gangues, bullying – tanto em pessoa, como online -, disciplinação violenta, assédio sexual e violência armada». A responsável salienta que «a curto-prazo, isto tem efeitos na sua aprendizagem e, a longo-prazo, pode levar à depressão, à ansiedade e até mesmo ao suicídio. A violência é uma lição que não se esquece e nenhuma criança deveria ter de a experimentar». De acordo com o relatório divulgado esta quinta-feira, 6 de setembro, mais de um em cada três anos sofre de bullying, a mesma proporção envolve-se em confrontos físicos e três em cada dez alunos de 39 países da Europa e América do Norte admitem praticar bullying contra os colegas.
Os dados de Portugal foram recolhidos do «Health Behaviour in School-aged Children Study - HBSC, 2013/14»: 46% dos jovens dizem ter sofrido ou ter estado envolvidos em situações de bullying no ano anterior.
Com o relatório hoje tornado público, a UNICEF lança a campanha mundial #ENDviolence (#PôrFIMàViolência), com o objetivo de «chamar a atenção e incentivar à ação para que seja posto um fim à violência nas escolas e respetivas imediações».