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Eutanásia: Bispos dizem que projetos são «dos mais permissivos»
08.06.2022
A Conferência Episcopal Portuguesa emitiu um comunicado logo depois da aprovação na Assembleia da República dos quatro projetos de lei para despenalizar a eutanásia e o suicídio assistido. Os bispos reafirmam «a sua oposição» e que «a dignidade humana, que deve ser garantida sempre e também no fim da vida, não passa pelo direito a pedir a morte mas pela garantia de todos os cuidados para evitar o sofrimento, como indicam os códigos deontológicos dos profissionais de saúde, reafirmados no contexto das reincidentes iniciativas legislativas de alguns grupos parlamentares pelas respetivas ordens profissionais».

D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

A Conferência Episcopal Portuguesa defende que «os projetos de lei aprovados representam um alargamento da legalização da eutanásia e do suicídio assistido para além das situações de morte iminente abrangendo também situações de doença incurável e deficiência, o que aproximará a nossa legislação dos sistemas mais permissivos já existentes, que felizmente são muito poucos». Além disso, os bispos defendem que está a ser passada a mensagem de que «a morte provocada é uma resposta possível para enfrentar tais situações». Pelo contrário, acreditam que «tal resposta deverá ser sempre a do esforço solidário para combater e aliviar a doença e o sofrimento, designadamente através dos cuidados paliativos, ainda não acessíveis à maioria dos portugueses deles necessitada».
 
Texto: Cláudia Sebastião
Fotos de Arquivo

 
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