A Arquidiocese de Évora decidiu afastar um pároco pela forma como geriu um caso de abuso de menores envolvendo um colaborador leigo. Em comunicado, a arquidiocese diz ter tomado «conhecimento no passado dia 22 de junho de 2022 da prática, por um colaborador leigo da Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira, Samora Correia, de dois atos enquadráveis como possíveis abusos sexuais sobre dois menores, um ocorrido em 2020 e outro em 2021». Considerando «esses factos gravíssimos», expressa «dor profunda» e notificou a Comissão Diocesana para Proteção de Menores «para se encontrar com os Pais, os escutar, e oferecer-se para ajudar em tudo o que seja necessário».



Na nota, diz-se também que «o pároco, que foi em ambos os casos imediatamente alertado por familiares de uma das vítimas, limitou as tarefas do suspeito mas sem êxito tornando, infelizmente, possível a reincidência». Por isso, a arquidiocese «abriu uma averiguação interna ao sucedido para procurar que uma situação semelhante não se repita» e «decidiu também o afastamento preventivo do Pároco de todas as tarefas pastorais, até à conclusão dos procedimentos canónicos».

O caso que envolverá esse colaborador leigo e duas crianças está a «ser objecto de apreciação judicial» e a Arquidiocese de Évora garante que «colaborará com as autoridades civis em tudo o que for conveniente e respeitará as decisões da Justiça».