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Frei Bartolomeu dos Mártires já é santo
11.11.2019
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos presidiu à Missa de Ação de Graças pela canonização equipolente de Frei Bartolomeu dos Mártires, decidida pelo Papa Francisco por causa da «expansão do seu culto» e «santidade do seu ensinamento». «A expansão do seu culto para além dos confins da Arquidiocese de Braga e a relevância eclesial da sua santidade e da incidência do seu ensinamento sobre a prática cristã e sobre a evangelização levaram o Santo Padre Francisco a incluí-lo definitivamente no elenco dos santos», afirmou o cardeal Angelo Becciu na homilia da Missa que decorreu domingo, dia 10.
 

A celebração de Ação de Graças, onde foi lido o decreto de canonização do novo santo português, decorreu na Sé de Braga e contou com a presença do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, do arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, de bispos da maioria das dioceses de Portugal e do clero dos territórios onde foi bispo D. Bartolomeu dos Mártires, nomeadamente o Minho, assim como da Ordem dos Pregadores (dominicanos).
 
Na homilia da Missa, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos apontou os «motivos de conveniência pastoral para esta canonização», referindo a «profundidade da sua cultura teológica e do seu ensinamento como doutor e exemplar mestre da ordem dos pregadores».
 
O cardeal Angelo Becciu lembrou o «forte empenho pela reforma da Igreja e a renovação da vida cristã» de Frei Bartolomeu dos Mártires, um dos mais «férvidos  e conceituados padres do Concílio de Trento o mais importante acontecimento eclesial quinhentista». «Compreendemos a grande atualidade da sua mensagem, especialmente no âmbito doutrinal e pastoral, como homem de oração, grande evangelizador e bispo totalmente dedicado às pessoas a ele confiadas», afirmou.
 
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos referiu-se também à «incansável renovação da diocese» levada a cada por D. Bartolomeu dos Mártires, que visitava as 1300 paróquias em cada três anos.
 
Para D. Jorge Ortiga, a canonização do seu antecessor é um convite ao trabalho no presente e no futuro e não pode ser vista como «acontecimento do passado». «A graça da declaração da sua santidade nunca poderá ser interpretada como acontecimento passado sem incidência no quotidiano das pessoas e das dioceses», disse atual arcebispo de Braga.
 
Presente na celebração, o presidente da República considerou o novo santo português precursor do Concílio Vaticano II, trabalhando pela reforma da própria Igreja e defendendo a «prioridade aos pobres». «Ele viu, a uma distância de 500 anos, muito daquilo que é a mensagem da Igreja de hoje e também de todos os responsáveis políticos de hoje:  prioridade aos pobres, marginalizados, sofredores e de todos aqueles que vivem em piores condições», afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
 
Vaticano apresenta santo como «modelo» para os bispos
O Papa assinalou no Vaticano a canonização de frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo português do século XVI, que apresentou como «grande evangelizador e pastor». «Hoje, em Braga, Portugal, celebra-se a Missa de ação de graças pela canonização equipolente de São Bartolomeu Fernandes dos Mártires», disse aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus. «O novo santo foi um grande evangelizador e pastor do seu povo», acrescentou, pedindo uma salva de palmas de todos os presentes.
 
O Vaticano deu também destaque à canonização. O portal de notícias da Santa Sé destacou a canonização de frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga, no século XVI, que apresenta como um «modelo» para os bispos.
 
O portal ‘Vatican News’ evocou o percurso de vida do religioso dominicano, que concluiu os estudos teológicos e começou a lecionar em vários conventos de Lisboa e Évora, antes de ser prior no convento do Benfica.
 
Texto e foto: Agência Ecclesia
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