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Fundação AIS lança campanha para ajudar Cabo Delgado
10.07.2020
A Fundação AIS está a lançar uma campanha para ajudar os cristãos de Cabo Delgado, em Moçambique. A região está sob ameaça e ataques violentos de grupos jihadistas, desde outubro de 2017. Quem quiser ajudar pode ir a esta página (https://www.fundacao-ais.pt/pt/go/donativo?campanha=5680) ou clicar aqui. É possível também fazer transferência bancária para o IBAN: PT50 0269 0109 0020 0029 1608 8.




A Fundação pontifícia recebeu «inúmeros pedidos de socorro dos cristãos de Cabo Delgado» e decidiu «lançar uma campanha de oração e de ajuda de emergência para a Igreja local» e compara o que  se está a passar em Moçambique com o que aconteceu no Iraque há seis anos. «Os jihadistas estão a atacar Cabo Delgado levando à fuga também de milhares de pessoas. Cristãos e muçulmanos moderados fogem de suas casas e aldeias no norte de Moçambique. Estão praticamente abandonados à sua sorte. O objectivo dos terroristas é sempre o mesmo: criar um "califado" e impor a "sharia". É a conversão ou morte. Ninguém escapa a esta violência terrorista. Nem a Igreja. Em Moçambique são já vários os casos de ataques directos à comunidade cristã», escreve em comunicado a organização.

Os ataques têm aumentado de intensidade. O mais recente aconteceu no último fim de semana de julho, na vila de Mocímboa da Praia. Foram queimadas «dezenas de casas, de edifícios importantes como a escola secundária ou o hospital, também a Igreja paroquial foi queimada. O edifício ficou totalmente destruído».

O bispo de Pemba pediu ajuda à Fundação AIS, sobretudo para apoiar os padres e freiras que estão no terreno ao lado das populações. «São padres que não têm nenhum tipo de rendimento e estão em dedicação total ao seu povo e ao trabalho pastoral», explica o prelado à Fundação AIS.

Os relatos dos ataques são assustadores, com decapitações, raptos e mortes. Um dos mais violentos aconteceu em abril, na vila de Xitaxi, em que 52 jovens foram assassinados alegadamente por «se terem recusado a integrar as fileiras dos “insurgentes”, como localmente os terroristas são denominados». O Bispo de Pemba diz que esses jovens, na sua maioria cristãos, são «verdadeiros mártires da paz».
Texto: Cláudia Sebastião
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