O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou «veementemente da ONU «condena veementemente essa brutalidade atroz» dos alegados massacres em Cabo Delgado, Moçambique, e apelou às autoridades do país para investigarem.
«O secretário-geral está chocado com os recentes relatos de massacres perpetrados por grupos armados [...] em várias aldeias na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, incluindo a decapitação e rapto de mulheres e crianças», lê-se num comunicado. O responsável da ONU apela a «todas as partes em conflito para que cumpram as suas obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário e dos direitos humanos».
Os ataques de grupos armados que dizem estar ligados ao autoproclamado estado islâmico têm aumentado de intensidade nos últimos três anos. Em novembro, a Agência de Informação de Moçambique citou a Polícia moçambicana, afirmando que mais de 50 pessoas foram sequestradas e depois decapitadas na aldeia de Muatide, «num campo de futebol que se transformou num campo de extermínio». Também a Agência France-Presse noticiou que «corpos desmembrados de pelo menos cinco adultos e 15 menores foram encontrados [...] numa floresta na cidade de Muidumbe». Pensa-se que tenham morrido desde 2017 entre mil a duas mil pessoas. Há, pelo menos, 435 mil deslocados internos.
Texto: Cláudia Sebastião
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