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Haiti precisa de ajuda
26.08.2021
A Organização das Nações Unidas fez um apelo para recolher 187,3 milhões de dólares (159,2 milhões de euros) para ajudar mais de 800 mil pessoas afetadas pelo terramoto de 14 de agosto no Haiti. O valor é necessário para acudir a necessidades da população como tendas, água e saneamento, saúde, alimentação, proteção e cuidados primários.

Foto: UNICEF/UN0503455/Rouzier

A UNICEF enviou para o país 9.7 toneladas de bens de higiene, médicos e água. Nos próximos dias chegam outros voos. Estes bens apoiarão 23 350 crianças e famílias durante três meses. «As necessidades das crianças e famílias afetadas pelo terramotoe tempestade tropical continuam a aumentar nestes últimos dias. Os hospitais e os profissionais de saúde estão sobrelotados, e a ajuda médica que distribuímos esta semana não é suficiente. Crianças e famílias que perderam as suas casas são forçados a dormir na rua e à chuva», diz Bruno Maes, representante da UNICEF no Haiti.

«Nos últimos dias, o terramoto foi seguido por múltiplas réplicas. No Sul, algumas estradas ainda estão bloqueadas por deslizamentos de terra e cheias causadas pela tempestade tropical Grace, e algumas das mais afetadas ainda continuam isoladas», explica Bruno Maes.

O Papa Francisco enviou 200 mil euros para ajudar a população atingida pelo terremoto. A colaboração, através do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, será partilhada entre as dioceses mais afetadas pela calamidade para assistir as vítimas do terramoto.

Também a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) aprovou uma ajuda de emergência de meio milhão de euros para a população haitiana. «Recebemos alguns relatos comoventes. Depois de todos os conflitos políticos que o país enfrenta desde 2019 e apenas um mês após o assassinato do presidente da República, Jovenel Moïse, no início do mês de Julho, no meio de ondas de violência e raptos que afligem o país e ainda com a notícia sobre uma grave seca e falta de água que já colocaram a população rural numa pobreza ainda mais profunda – além de tudo isso, o terramoto de sábado conseguiu lançar milhares de famílias para uma situação ainda pior do que todas as outras. É de facto uma situação impossível e as pessoas estão em choque”, afirma Thomas Heine-Geldern, o presidente executivo internacional da AIS.

No terramoto de 7.2 de magnitude morreram mais de duas mil pessoas e mais de 12 mil ficaram feridas. As infraestruturas também foram muito afetadas: 130 mil casas, 94 escolas e 1800 sistemas de tratamento de água foram completamente ou parcialmente destruídos. 


Texto: Cláudia Sebastião
Imagem: UNICEF

 
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