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Nice: Observatório para a Liberdade Religiosa defende «pedagogia do diálogo»
03.11.2020
O ataque de Nice continua a marcar a atualidade. No dia 1, Solenidade de Todos os Santos, realizou-se uma missa pelas vítimas, na basílica onde aconteceu o ataque. Em Portugal, o Observatório para a Liberdade Religiosa emitiu um comunicado considerando «Nice: Um quase ultimato às lideranças religiosas e políticas na Europa». No texto, o grupo de investigadores defende que «não importa se é Nice ou qualquer outra terra sem nome. Religiões que fazem o Ser humano no primado da ética, da relação e da consciência, não dão a ninguém o direito de atentar sem vislumbre mínimo de respeito pela vida humana». É o momento, dizem, de entender «a urgência de reforçar, em particular na Europa multicultural e multireligiosa, por via das multifacetadas estruturas de crença e formação cívica, a compreensão da religião, da fé e da espiritualidade, na relação dialogante com a razão e a cidadania».



O Observatório cita vários excertos da Declaração de Abu Dhabi «Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum», que condena o terrorismo e a intolerância religiosa, e que foi assinado em 2019 pelo Papa Francisco e o grande imã muçulmano, Ahmad Al-Tayy.
 
O Observatório salienta que «episódios como o ocorrido em Nice representam um quase ultimato às lideranças políticas e religiosas – locais, nacionais e regionais – para que, paralelamente a adequadas políticas de prevenção e segurança, incentivem a educação para a convivência e o respeito, valorizando o fenómeno religioso, as religiões e vivências religiosas, em pluralidade e diversidade. As escolas, como as próprias comunidades religiosas, podem e devem ser espaço e ter tempo para esta pedagogia do encontro e do diálogo, na base do conhecimento mútuo». 

O comunicado é assinado pelos investigadores do Observatório para a Liberdade Religiosa Alexandre Honrado, Joaquim Franco, Paulo Mendes Pinto e Rui Lomelino de Freitas.
 
Texto: Cláudia Sebastião
 
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