Novamente apoia traumatizados de crânio
12.11.2018
Em 1999, a Direção-Geral de Saúde dizia que «o traumatismo craniano é a causa mais frequente de lesão neurológica ultrapassando em incidência o acidente vascular cerebral e constitui em todo o mundo a primeira causa de morte antes dos 40 anos». Em Portugal, «um estudo retrospetivo no nosso país revelou 8000 internamentos de TCE nos centros neurocirúrgicos dos Hospitais Centrais com uma mortalidade hospitalar entre 12% e 14%. Os acidentes de viação contribuíram com 30% a 50% dos doentes, estes foram na sua maioria jovens com menos de 25 anos e tiveram igualmente a maior taxa de incapacidade». Nos últimos 25 anos, mais de 275 000 pessoas foram vítimas de traumatismo cranioencefálico grave. Vera Bonvalot, diretora executiva da
Novamente, explica que depois do traumatismo crânioenceflálico é preciso muito apoio. «A pessoa vai renascer e transformar-se numa pessoa diferente. Amar-se nesta nova pessoa não é uma coisa de caras. Tem-se sempre um ponto de referência. E, às vezes, a família também está muito baseada no ponto de referência. Vera fala com Raquel sentada ao seu lado e dá o exemplo da jovem. «Conhecer hoje a Raquel que está com o ego mais em cima, porque ela achava que era sei lá o quê, é a coisa mais maravilhosa que nós podemos ter. E isto tem muito que ver com a força que se tem, o apoio que se dá à pessoa e à família.» Raquel concorda e reconhece que «é bom estarmos num grupo em que não nos sentimos um bicho. Acredite que a sociedade faz-nos sentir um bicho».