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Número de refugiados bate recordes
20.06.2016
Mais de 65 milhões de pessoas tiveram de abandonar as suas casas por causa de guerras ou perseguições, em 2015. Se fossem um país, seriam a 21.ª maior nação do mundo.

Deslocados vivem debaixo de um avião desmantelado, na República centro-africana. UNHCR/Olivier Laban-Mattei

Um relatório divulgado pelo Alto-Comissariado para os Refugiados revela que o número de refugiados é o mais alto desde que este organismo faz contagens. Intitulado Global Trends, o documento revela que a cada minuto do ano passado, 24 pessoas foram forçadas a fugir. É um número quatro vezes superior ao verificado há uma década. Em 2015, houve 65,3 milhões de pessoas tiveram de abandonar as suas casas, quase 6 milhões a mais do que em 2014.
 
 
 
Filippo Grandi, Alto-Comissário para os Refugiados, alerta para que «no mar, um número assustador de refugiados e migrantes morrem em cada ano; em terra, as pessoas que fogem da guerra encontram os caminhos bloqueados por fronteiras fechadas. Fechar fronteiras não resolve o problema».
O Alto-Comissariado lançou uma petição pedindo aos governos que assegurem educação para todas as crianças refugiadas, que cada família refugiada tenha um local seguro para viver e possa trabalhar ou formar-se para poder dar um contributo positivo na comunidade. Mais de 60 personalidades de todo o mundo associaram-se à campanha e à petição.
 
 
 
 
Em Portugal, Rui Marques, responsável da Plataforma de Apoio aos Refugiados, revela que com o programa PAR FAMÍLIAS «já acolhemos 28 famílias, que corresponde a 125 pessoas, das quais 66 são crianças». Na semana que agora se inicia, está prevista a chegada de mais 13 famílias. Rui Marques explica que «na sua maioria estes refugiados provêm da Síria, via Turquia/Grécia e estão localizados em várias comunidades espalhadas pelo país».
 
Texto: Cláudia Sebastião
Fotos e vídeos: ACNUR
 
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