O Papa Francisco enviou uma mensagem a D Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, recordando a sua visita a Portugal e agradecendo o «cuidado pastoral e espiritual com que as diversas dioceses se prepararam e estão a viver o centenário das Aparições de Fátima», que trouxe «pessoas sem conta» para «”ver” a Mãe do Céu».
Francisco recorda que viu um «povo ordeiro e entusiasta» nos trajetos que fez entre a base de Monte Real e o Santuário de Fátima, «crente e sem respeitos humanos», uma expressão estranha para nós, mas que tem maior expressão no Brasil, onde se entende que o pecado do respeito humano é o «cada vez mais comum pecado de se ter vergonha de assumir a posição de cristão, sobretudo de católico, nos meios em que se vive», explica o Pe. Paulo Ricardo, conhecido sacerdote brasileiro. O Papa pretendia exacerbar a forma como os católicos portugueses mostraram a sua fé e devoção perante toda a sociedade não crente, sem receios.
O momento mais comovente da visita, afirma o Papa nesta pequena mensagem, foi «a solidez da fé, a indómita esperança e a ardente caridade que anima o caminho humano e cristão daquele povo santo fiel de Deus».
O Santo Padre destacou «o silêncio de um milhão de peregrinos unidos ao meu silêncio orante, o mar de luz feito por um milhão de velas acesas na noite de vigília, a ovação elevada por dois milhões de mãos aos novos Santos Francisco e Jacinta e o acenar de lenços brancos à Branca Senhora por um milhão de corações felizes: Mãe, nunca Vos esqueceremos!».
A terminar, Francisco afirma que continuará a rezar pela Igreja de Portugal, para que «continue a caminhar com perseverança e coragem, testemunhando a todos o amor misericordioso do Pai do Céu», e pediu, como sempre, a oração de todos os católicos pelo Papa, que, «de coração», abençoa o povo português.
Texto: Ricardo Perna
Foto: Arlindo Homem
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