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Recolha do Banco Alimentar será em vouchers e online
27.11.2020
A campanha “À nossa mesa há sempre lugar para mais um” do Banco Alimentar está a decorrer até ao próximo dia 13 de dezembro. Este ano a recolha, em virtude orrerá em moldes diferentes, mas tem ainda mais importância. «Há ainda mais famílias, neste momento, que requerem ajuda e se nós queremos evitar situações de rutura social então temos que nos apertar todos um bocadinho para que a panela chegue para todos», disse à Lusa a presidente da Federação Portuguesa de Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet.


A campanha pretende sensibilizar e incentivar os portugueses para a partilha de alimentos com as famílias carenciadas que viram a sua situação económica agravar-se com a pandemia, refere a federação em comunicado.

Em anos anteriores, milhares de voluntários estariam à porta de todas os supermercados do país, mas este ano, a pandemia não permite que essas ações decorram em segurança. Assim, os portugueses podem contribuir através de vales de produtos, que estarão disponíveis até 13 de dezembro nas caixas dos supermercados ou online, onde podem escolher alimentos para doar, explica.

O último balanço feito à Lusa, em 16 de outubro, dava conta de que o número de pedidos de ajuda feitos à Rede de Emergência Alimentar tinha voltado a aumentar em setembro, ultrapassando os 30 por dia. «Desde a última semana de setembro vemos que há outra vez um agravamento no número de pedidos de apoio, seja porque as pessoas voltaram a ficar sem emprego, porque trabalhavam no setor da restauração, hotelaria, mais ligado ao turismo, seja porque a situação de lay-off prolongou-se e muitas pessoas continuam em casa sem poder regressar ao emprego e ter um salário inteiro», apontou em outubro Isabel Jonet.

Antes, em entrevista à Família Cristã, avisava para o «inesperado de uma situação que atingiu de forma transversal muitas famílias, famílias que não estavam habituadas a lidar com este tema da pobreza e que, de um dia para o outro, ficaram em pobreza». «Posso dizer-lhe que estou aqui há 27 anos e nunca vi nada assim!», dizia, antevendo um «inverno difícil, muito difícil».

 
Texto e foto: Ricardo Perna
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