São cinco e vão partir dentro de duas semanas para a Jordânia. Catarina Soares, Sofia Chaves, Inês Correia, Ana Cristina Figueiredo e Ana Rita Sousa usarão semanas de férias para trabalhar com refugiados.
A ideia partiu de Ana Rita Sousa. «Começou com o “Dividir o bem pelas aldeias”, uma iniciativa que começou em junho do ano passado quando começaram a chegar mais estas imagens e esta realidade dos refugiados. Começou com esta lógica das quotas por pensar que parecia que o Governo estava a dividir o mal pelas aldeias». Mas esta jurista pensou que «estas pessoas não são um mal, são um verdadeiro bem para nós europeus que já não sabemos o que é uma guerra, habituados a bem-estar». Quando, no inverno, começaram a chegar imagens de refugiados a atravessar a neve, Ana Rita comoveu-se. «Era uma sensação de impotência, um muro quase intransponível. Então pensei: o que temos para dar? As nossas férias é o que temos para dar. Podemos dar as nossas pernas e os nossos braços.» Lançou o desafio no Facebook e em fevereiro eram cinco prontas a partir.
Depois de contactos com alguns países surgiu a decisão de ir para a Jordânia. Quase a partir, só sabem que a base será em Amã, e trabalharão com a Cáritas do país. Veja aqui algumas imagens do trabalho que a organização faz.
A Jordânia tem fronteiras terrestres com a Síria e com a Palestina e 95% da população é muçulmana. Apenas 5% são cristãos. O país tem recebido muitos refugiados ao longo das últimas décadas.
Todas as despesas terão de ser suportadas pelas próprias, que desenvolveram uma campanha de recolha de fundos. Estão a vender rifas, bolos. Tudo serve, porque o dinheiro não existe. «A primeira coisa em que pensei foi: eu não tenho dinheiro. Parecia-me um obstáculo demasiado pequeno para uma coisa que está no coração de todas.» Ana Rita diz acreditar que o dinheiro chegará. «Este dinheiro para nós só significa serviço. Acreditamos num milagre, porque os milagres existem.» Quem quiser ajudar pode contribuir para o IBAN: PT50003603979910492310784.
Na edição de junho da FAMÍLIA CRISTÃ pode conhecer melhor este grupo de voluntárias e saber como correu a missão da Passo Positivo na Grécia.