Precisa de ajuda?
Faça aqui a sua pesquisa
Sínodo: encontrar o «fio condutor» para ajudar os jovens
09.10.2018
Os participantes de língua portuguesa elaboraram um relatório dos Círculos Menores onde reforçaram a importância de apostar nas «escolhas de vida» como forma de encontrar um «fio condutor» que permita ao jovem que leia as conclusões do Sínodo compreender a proposta que a Igreja tem para ele.

Foto de Arquivo 
Depois de dias de reflexão, os padres sinodais dividiram-se em Círculos Menores com o objetivo de refletirem sobre o documento de trabalho elaborado para este Sínodo e proporem abordagens, medidas, iniciativas que possam ser tomadas pelo Sínodo ou incluídas no relatório final, a ser votado no final dos trabalhos.
 
O grupo português, cujo relator é o bispo D. Joaquim Mendes, um dos dois que representa Portugal, falou na necessidade de «“ir ao encontro dos jovens onde eles se encontram”, ou seja, nos diferentes ambientes que frequentam», com especial relevância para o ambiente universitário e para o ambiente digital, onde a Igreja precisa de estar presente «por meio dos próprios jovens». «Outro espaço fundamental a considerar é o ambiente digital, parte intrínseca da cultura juvenil, na qual o mundo digital e o presencial convivem simultaneamente. A Igreja precisa estar presente neste ambiente por meio dos próprios jovens», uma área que, consideram os bispos presentes neste grupo, foi «pouco acentuada no Instrumentum Laboris».
 
Depois de apontarem a importância da família na vida dos jovens e de constatarem a «a predominância da presença feminina nos ambientes eclesiais e o grande crescimento das seitas em nossos países», o grupo de língua portuguesa contrapôs, perante a crítica deixada no documento de trabalho à atuação das Conferências Episcopais, «o grande empenho de muitas delas a esse respeito».
 
Os bispos admitem que «nem todas as propostas nacionais e diocesanas de trabalho com os jovens têm ressonância nas comunidades paroquiais», e que é importante haver «espaços físicos nas paróquias para os jovens para encontros, convivências e a prática de atividades culturais, recreativas e desportivas».
 
Sobre as questões da sexualidade, o grupo de língua portuguesa admitiu que «a Igreja tem dificuldade de transmitir corretamente aos jovens a visão antropológica cristã do corpo e da sexualidade», mas que há «boas práticas de diálogo com os jovens e formação neste campo que podem ser melhor compartilhadas».
 
Finalmente, o grupo deixou uma palavra de agradecimento à inclusão do português, «língua falada por cerca 350 milhões de pessoas» como língua oficial do Sínodo, um «bom costume» que esperam que «permaneça».
 
Texto e foto: Ricardo Perna
Continuar a ler