A Fundação AIS convoca uma jornada mundial de oração pelos cristãos perseguidos. A organização pontifícia salienta que «nessa data, há precisamente seis anos, milhares de cristãos foram forçados a fugir quando as terras onde sempre viveram, as suas aldeias e vilas na Planície de Nínive, foram invadidas pelo Daesh, os jihadistas do Estado Islâmico». Por causa disso, 6 de agosto passou a ser o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos. Apesar da COVID-19, a Fundação AIS quer manter a data e a oração.
Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da Fundação AIS, afirma que «esta é uma data que não podemos esquecer», pois «há seis anos, o mundo assistiu à fuga de milhares de homens, mulheres e crianças e nada se fez. Lembrar o sofrimento destes milhares de cristãos e rezar por eles e pelos que continuam a ser perseguidos é o mínimo que podemos fazer».
O que aconteceu então no Iraque «continua a acontecer em muitos países todos os dias. Não podemos ficar indiferentes a isso», afirma.
Ainda em julho, a Fundação lançou uma campanha para ajudar a Igreja em Moçambique, país que tem sido alvo de ataques armados na província de Cabo Delgado. Os ataques começaram em Outubro de 2017 e já causaram mais de mil mortes e mais de 250 mil desalojados. «É preciso não esquecer», defende Catarina Martins de Bettencourt, que acrescenta: «Temos a responsabilidade de lembrar ao mundo que estas tragédias quotidianas continuam a acontecer.» Se pretende, na sua paróquia ou família, fazer um momento de oração, a Fundação AIS disponibiliza uma oração
Em todo o mundo, estima-se que 80% das pessoas perseguidas pela sua fé sejam cristãs. Um em cada cinco cristãos vive em países em que a liberdade religiosa não é respeitada. Durante agosto, a Fundação AIS, com a Agência Ecclesia, transmite cinco documentários sobre a perseguição religiosa e «o trabalho solidário de inúmeros sacerdotes e irmãs, trabalho tantas vezes só possível graças ao apoio da Fundação AIS». São retratadas as realidades de Bolívia, Bulgária, Etiópia, Zâmbia e Venezuela. Os documentários podem ser vistos na RTP2, às 15h, no programa
A Fé dos Homens.
Texto: Cláudia Sebastião
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