O Patriarcado de Lisboa afastou «preventivamente» um sacerdote das suas funções pastorais após ter recebido denúncias de uma «troca de mensagens contendo linguagem inapropriada».

 
O caso foi encaminhado para «averiguação» junto da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis no «cumprimento das indicações canónicas em vigor», informa o Patriarcado num comunicado enviado à Família Cristã.
 
O sacerdote em causa é o Pe. Duarte Andrade e Sousa, pároco do Alto do Lumiar, que presta orientação espiritual aos alunos no colégio S. Tomás de Aquino, em Lisboa, conforme informações apuradas pela FAMÍLIA CRISTÃ, contexto dentro do qual aconteceram as trocas de mensagens. Não é conhecido o contexto em que aconteceu a troca de mensagens ou o seu conteúdo, mas a decisão do Patriarcado está conforme as indicações que emanaram do Vaticano em 2019, e há pouco tempo atualizadas pelo Vademecum do Dicastério para a Doutrina da Fé.

A FAMÍLIA CRISTÃ tentou entrar em contacto com o sacerdote em causa, mas ainda não foi possivel obter uma resposta ou reação.

Contactada pela FAMÍLIA CRISTÃ, a diretora do colégio S. Tomás de Aquino, Isabel Almeida e Brito, confirmou toda a situação, mas defende que não é uma situação de potencial abuso. «Há uma “conversa” de Whatsapp, que não são mais do que "bocas", inadequadas, obscenas. Não vi nada que possa ser abuso, assédio ou aliciação, são coisas obscenas que são inadequadas para rapazes dizerem», e que envolvem o sacerdote já referido.

A situação foi denunciada ao colégio por «uma das mães» dos alunos envolvidos, confirma Isabel Almeida e Brito, que mostrou conversas que aconteceram há «cerca de dois meses», num «grupo de whatsapp estúpido». Depois de receber a denúncia, a diretora do colégio confirma que o Pe. Duarte «confessou imediatamente o sucedido», que «não escamoteou nada» e que pediu a suspensão das suas funções no colégio, «que foi aceite, e já estava assumido por nós». 
 

Nota: Notícia atualizada às 20h07m com retirada de menção a possível situações de abusos, que foram negadas pelas declarações da diretora do colégio.