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Ucrânia: Salvar e proteger vidas
12.04.2022
A Cáritas, com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, avançou para o apoio à população vítimas do conflito na Ucrânia, através da campanha “Cáritas Ajuda Ucrânia” (IBAN PT50 0033 0000 01090040150 12). A verba angariada nesta campanha tem como objetivo reforçar a capacidade de resposta da Cáritas naquele país, mas também nos países fronteiriços e no apoio as famílias deslocadas que estão já a chegar a Portugal e a ser apoiadas através da rede das 20 Cáritas Diocesanas.

Tomámos esta medida de urgência face ao pedido de ajuda que chegou da Cáritas Ucrânia, que desde 24 de fevereiro intensificou a sua resposta junto da população e cujas necessidades aumentam diariamente. Com esta campanha é possível sustentar o trabalho das duas organizações Cáritas ucranianas – Cáritas Ucraniana (da Igreja de rito greco-católico) e a Cáritas Spes (da Igreja católica ucraniana de rito latino) – ambas reconhecidas pela Caritas Internationalis. Através de um apelo de emergência que mobiliza toda a rede Cáritas, está previsto um apoio inicial que permitirá ajudar cerca de 13 000 pessoas em diferentes partes da Ucrânia, especialmente em áreas críticas. Mas as necessidades são também muitas e chegam-nos sucessivos apelos de emergência das Cáritas que nas fronteiras a fazem um trabalho enorme de acolhimento aos deslocados: Polónia, Moldávia, Roménia e Eslováquia. Todos estão a prestar assistência humanitária e informação segura aos milhares de refugiados que continuam a atravessar as suas fronteiras em busca de um lugar seguro.

Como organização internacional, presente em 162 países, a rede Cáritas tem esta capacidade de se apoiar em situações de catástrofe e emergência como a que vivemos. Através da Caritas Internationalis estamos como família a apoiar a ação destes nossos irmãos que no terreno vivem a dureza destes dias que não têm descrição. Toda a rede está a agir de forma coordenada de modo a assegurar que os donativos serão bem aplicados sempre e onde a necessidade for mais urgente.

Nos locais afetados pelo conflito a Cáritas continua a dar uma resposta de emergência em alimentos, medicamentos e abrigo. Todas se adaptaram e todos os espaços se tornaram locais de acolhimento a deslocados internos. Por outro lado, têm sido várias as intervenções promovidas pela Cáritas, com a ajuda das autoridades locais e parceiros, que permitem tirar pessoas das cidades onde o conflito é mais intenso, nomeadamente, mulheres, idosos e muitas crianças.

O testemunho de tantas mulheres, quantas delas jovens mães, impele-nos a não baixar os braços.

A prioridade neste momento é apoiar os milhares de deslocados internos, os que estão em trânsito para os países fronteiriços e garantir a segurança dos que permanecem no país. Na verdade, a prioridade é garantir que, para cada pessoa que nos procura há também um abraço, um sorriso, alguém que os olha com amor e lhes dá uma garantia de esperança. Esta é também a missão da Cáritas e estamos a falar essencialmente de mulheres de várias idades e de muitas crianças que estão assutadas.

O apoio psicológico, por isso, é um dos trabalhos que a Cáritas está a fazer e é um trabalho que irá fazer nos próximos anos porque os impactos desta guerra vão prolongar-se muito para além da sua duração. Ainda que hoje terminasse este conflito seriam muitas as necessidades pelos próximos anos para recuperar um país destruído e uma população amargamente marcada na pele, na alma e no coração.

A guerra faz chorar tanto adultos como crianças. As feridas desta guerra nunca irão sarar. Além da destruição material que poderá ser reconstruída ao longo dos anos, a dor e o medo que as pessoas estão a experimentar vai demorar muito mais tempo recuperar. Também nesses dias, a Cáritas lá estará para continuar o seu trabalho ao lado da população.