Assunção Cristas esteve ontem na capela do centro comercial das Amoreiras, em Lisboa, para defender que «o Natal, a festa que o consumismo nos [aos cristãos] roubou», é uma oportunidade de «marcarmos encontro connosco próprios e abrirmos o nosso coração para encontrarmos outros que até nem esperávamos ver ali».

A presidente do CDS falava na apresentação da obra «Advento e Natal e para crentes e não-crentes», a obra de Isabel Figueiredo e Jorge Reis-Sá, editada pela PAULUS Editora no seguimento de outras duas obras de sucesso, a «Via Sacra para crentes e não-crentes» e o «Rosário para crentes e não-crentes».
Esta deputada da assembleia da república, católica empenhada e mãe de 4 filhos, afirma que o livro «não é grande, mas é profundo». «Emocionei-me com o livro, o que não é normal em mim, pela forma como a parte dos não-crentes, que não é previsível, tem muitos pontos de contacto com o texto dirigido aos crentes», afirmou Assunção Cristas.

A obra é uma passagem de todos os momentos que compõem o Advento e o Natal, até à altura do Batismo de Jesus, com textos para crentes e outros para não-crentes. «Gostei muito que o livro não tivesse acabado no nascimento de Jesus, porque quando falamos de Natal muitas vezes acabamos no nascimento de Jesus, mas aqui há um antes, um durante e um depois, o que é muito interessante», disse, acrescentando que «tem de ser lido já, antes do Natal».
A obra foi escrita por dos autores ao mesmo tempo, que não se conheciam nem sabiam o que o outro estava a escrever. «Fiquei agora a saber que os autores não se conheciam… mas é interessante como, mesmo assim, os textos se interligam», considerou.
Os autores estavam muitos agradecidos à editora e a Assunção Cristas. «É muito estranho ter uma pessoa que, de facto, leu o livro, a falar sobre ele. Não que eu não o queira vender, mas é estranho ouvir uma pessoa falar sobre um livro que escrevi», começou por brincar Jorge Reis-Sá, que elogiou a companheira de escrita, Isabel Figueiredo, «por ter colocado o seu nome num livro e com alguém que não conhecia». «O facto de ninguém saber quem escreveu o quê agrada-me», confessou.
Já Isabel Figueiredo agradeceu as «palavras» de Assunção Cristas e revelou que, «quando escrevemos algo, revelamos uma parte da nossa alma», e que foi isso que pretendeu fazer com este livro.

Assunção Cristas concluiu, afirmando que «este pode ser o livro que nos faz ter uma vivência mais profunda neste Natal, porque para além de nos fazer refletir, impele-nos à ação, no concreto».
Texto e fotos: Ricardo Perna
Continuar a ler