Com o confinamento, muitas situações de crianças em risco ou perigo passam despercebidas. Não estão nas escolas e estão fechadas em casa com os pais ou outros responsáveis por elas.
Este dia 17 e 18 de fevereiro, entre as 16h e as 18h30, a UNICEF Portugal está a promover uma formação «para apoiar profissionais na prevenção e deteção à distância de situações de risco ou perigo». Em comunicado, a organização diz que os objetivos são «capacitar e dotar os profissionais de ferramentas práticas, assim como de estratégias para a prevenção e detecção à distância de situações de perigo ou risco, bem como orientar sobre os procedimentos de comunicação, sinalização e encaminhamento nessas situações». Nestes dois dias especialistas que acompanham crianças participam nesta formação. Inscreveram-se mais de 2500 pessoas, entre as quais, professores, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de autarquias, profissionais de saúde, juízes, magistrados. Serão apresentados «casos práticos que focarão duas grandes áreas: a protecção das crianças em situação vulnerável e a deteção e intervenção à distância por via de meios digitais».
Beatriz Imperatori, directora executiva da UNICEF Portugal, destaca que «o sistema social de proteção de crianças e jovens prevê a responsabilidade primária de todas as entidades com competência em matéria de infância e juventude. Na atual situação de confinamento é ainda mais importante que estas entidades, como as escolas, consigam dar continuidade à sua atuação de forma articulada com as demais instituições do sistema de proteção, concretamente na identificação de novas situações de risco e na capacidade de resposta às já existentes».
A UNICEF alerta que «o aumento dos riscos associados a ambientes familiares adversos agravados pela situação económico-social obriga a uma reflexão sobre estes novos contextos, os seus impactos e novas formas de intervenção». Daí que seja necessário «dotar os profissionais – escolas, instituições de saúde, entidades públicas, ONG, Ministério Público – de recursos e estratégias para a prevenção e intervenção atempada e integrada entre as várias entidades, com vista a assegurar a proteção e segurança das crianças em situações de confinamento ou isolamento profiláctico», revela Beatriz Imperatori.
A formação da UNICEF Portugal é feito em colaboração com a Ordem dos Psicólogos, a APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, e a Associação AjudAjudar. Se quiser participar pode inscrever-se em
www.unicef.pt.
Texto: Cláudia Sebastião
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